Indefinição

Jogadores com contrato perto do fim seguem sem definição no Bento Freitas

Gerente de futebol diz que Brasil pode prorrogar vínculo com os atletas até depois dos jogos contra o Galo e que negociações precisam ser tratadas calmamente

Foto: Ronald Felipe - Do time considerado titular, apenas três possuem acerto até o fim da Série D: João Marcus, Dumas e Amaral

Faltando menos de uma semana para o jogo de ida contra o Atlético Mineiro, o Brasil segue no dilema sobre a condição contratual da maioria dos atletas. Da equipe considerada titular de Rogério Zimmermann, apenas os zagueiros João Marcus e Rafael Dumas e o volante Amaral possuem vínculos até o fim da Série D. Os contratos da maioria terminam no dia 15 de abril, ou seja, entre os dois jogos diante do Galo pela terceira fase da Copa do Brasil. 

O gerente de futebol Luis Fernando Hannecker concedeu entrevista coletiva e falou a respeito do assunto que vem preocupando o torcedor rubro-negro. Ele também projetou o confronto histórico contra os mineiros. Sobre a demora para definir as renovações, o dirigente diz que estão buscando conversar com todos os atletas diariamente, e a intenção é manter todo o grupo. O profissional garante que ainda não há ninguém acertado. 

“A gente está tentando organizar uma estratégia de tentar manter todos aqui. A gente sabe que cada um tem os seus objetivos pessoais. Os atletas valorizaram também aqui e vão ser procurados, com certeza, por outros clubes. Esses dois jogos que se aproximam também podem valorizar ainda mais e, caso a gente tenha um triunfo, vai ser difícil que todos permaneçam. Certamente terá algum destaque, embora eu entenda que o nosso maior destaque foi o coletivo”, comenta. 

A respeito de um possível prazo final para concluir a situação dos contratos, Hannecker afirma não exisitir uma data e considera difícil definir antes do jogo de ida, na próxima quarta-feira (12). Porém, ele cita uma opção que resolveria o problema a curto prazo, pelo menos para os duelos contra o Galo. 

“Tem duas possibilidades. Renovar o contrato até o fim da Serie D ou fazer um aditivo de contrato até o final do segundo jogo. Se a gente passar, a gente ganha uma força maior, até financeira. [...] Tem muita coisa em jogo, tem muito detalhe pra ser decidido. É uma questão de paciência e entender as regras do jogo. A gente defende o Brasil e as condições que o clube oferece, e o jogador quer se valorizar. Tem que entender este processo, ter paciência, conversar com cada um. Sempre houve transparência com esse grupo”, pontua o gerente de futebol.
Mesmo ainda sem perspectivas de definir o cenário dos contratos, o dirigente xavante destaca a tentativa de antecipar o processo, para finalizá-lo antes do dia 12 até para acalmar os atletas e gerar um prazo maior na busca por reforços caso o time precise de substitutos na partida de volta. “É ter paciência e calma para encontrar a melhor forma de negociar com cada um, mas possivelmente alguns nomes podem chegar em um acordo antes do primeiro jogo”, diz Hannecker.  

Resgate da credibilidade 

Entre outros temas abordados por Luis Fernando está a mudança pela qual o Brasil passou desde o retorno de Rogério Zimmermann. Ele cita a questão da credibilidade como algo fundamental nessa retomada do clube em 2023. “Nesses jogos da Copa do Brasil a gente foca muito na questão financeira, que ajuda muito o clube, mas além disso, principalmente através do Rogério, o Brasil conseguiu resgatar um pouco da credibilidade e também com o torcedor. Voltou aquela diferença que o torcedor fazia no estádio e isso não está aliado com a questão financeira, e sim essa química que o Brasil voltou a ter no Bento Freitas”. 

Confronto contra o Galo 

Em relação ao embate que se aproxima, diante do Atlético Mineiro, o dirigente reforça as dificuldades pelo forte adversário e mostra preocupação pela falta de ritmo de jogo, já que a última partida oficial do Brasil aconteceu no dia 11 de março contra o Juventude. “Esse jogo por si só já causa um foco maior em todo mundo por ser um jogo diferente, um jogo de alto nível, um clube forte como o Atlético. Talvez a nossa maior dificuldade hoje, além do Atlético, seja devolver aos atletas a competitividade. A gente tentou organizar alguns treinos mais fortes e também jogos amistosos para que pudesse devolver aos jogadores o ritmo de jogo e a parte competitiva”, fala. 

O gerente destaca ainda a questão de cuidar de todos os detalhes e da logística como fundamentais para que a equipe tenha todas as condições de fazer um bom jogo no Mineirão. Mesmo enfatizando estar diante de um adversário poderoso, Hannecker acredita na força do Rubro-Negro nos duelos contra adversários mais técnicos, e no futebol, que permite que o mais fraco vença o mais forte.  

“O Brasil ao longo da história sempre foi um time forte em seus domínios e fora de casa também conseguiu triunfos importantes. [...] Existe uma distância enorme entre as duas equipes, mas o futebol proporciona ao longo da história momentos que ficaram marcados pra sempre. Quem sabe a gente não possa novamente ter esse protagonismo. De fazer um bom jogo, ter um bom desempenho e premiar esse trabalho que foi feito até agora”, projeta. 

Nesta quinta-feira (6) às 14h, o técnico Rogério Zimmermann concederá entrevista coletiva. A delegação xavante deve viajar na segunda-feira para Belo Horizonte. Os detalhes da logística ainda não foram divulgados.

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